Capítulo 01 - Prólogo

Capítulo: 01 – Prólogo

Tradução do ingês para o português – Feito por Rafael Roela

[A/N: Antes de começar a ler, por favor, entenda que isto é uma obra de ficção, qualquer semelhança com o mundo real é mera coincidência, não tenho a intenção de ofender nenhum grupo, isto é apenas ficção!

Abro os olhos, vendo um teto familiar, e viro meu rosto para olhar para o meu computador que estava na minha escrivaninha pessoal. “Quando cheguei em casa?” me levanto da cama e começo a pensar. Minhas memórias estavam confusas e eu não conseguia lembrar de nada…

“Victor!” De repente, ouço a voz de uma mulher. Era uma voz angelical, maravilhosamente bela; e ela parecia muito preocupada.

“Ugh… Quem?” levo a mão à cabeça quando começo a sentir uma dor forte.

Me apoio na cama e tento me levantar, mas de repente sinto minha mão afundando no material do colchão. Ouço o barulho de madeira quebrando e olho na direção da minha mão; vejo que minha mão atravessou o colchão e quebrou a madeira que sustenta minha cama…

Rapidamente retiro a mão e olho, confuso, para o colchão que tinha um buraco. “O que há de errado comigo?” pergunto em voz alta, atordoado.

Não me lembro de ser tão forte; algo aconteceu comigo? Começo a questionar a mim mesmo e tento buscar em minha memória. Mas, mesmo que eu tente, não consigo encontrá-la; é como se algo estivesse bloqueando minhas memórias.

Tento formar um pensamento coerente como se estivesse montando um quebra-cabeça. “Vamos começar do começo, fui ao supermercado comprar a comida que minha mãe encomendou, mas…”

Tento continuar a formar uma linha do tempo com minhas lembranças, mas não tenho tempo para isso quando sinto uma sede insuportável na garganta. Era como se eu tivesse corrido uma maratona e precisasse de água! Minha garganta estava ressecada!

Levanto rapidamente, ignorando os sons de madeira rangendo no chão, e pego a maçaneta da porta do banheiro, tentando abri-la, mas algo surpreendente acontece…

A porta é literalmente arrancada da parede. Fico chocado com essa demonstração de força, mas não tenho tempo para admirá-la ou mesmo questionar como fui capaz de fazer isso. Ando rapidamente até o banheiro e tento abrir a torneira.

Como antes, a torneira quebra quando tento abri-la e a água começa a jorrar; a ignoro e coloco minha boca na água, tentando beber o máximo possível. Pareço um homem perdido no deserto que encontrou um oásis pela primeira vez em dias.

Sinto a água fria da torneira entrando na minha boca e escorrendo pela minha garganta, mas a água não parece me satisfazer; eu precisava de mais. Precisava de algo para saciar minha sede, a água não parecia estar funcionando.

“Se acalme,” ouço a voz de uma mulher, era a mesma voz que chamou meu nome quando acordei.

De repente, como se fosse uma mentira enganosa, a sede que eu estava sentindo desaparece.

Caio no chão e começo a respirar rapidamente, “Quem está aí?” pergunto em voz alta, mas não ouço uma resposta. Dou um suspiro profundo e digo: “O que diabos está acontecendo?”

Olho para a água que está transbordando e percebo que não posso deixá-la assim. Desligo cuidadosamente outra válvula que fica perto do chão e logo a água para de jorrar.

Suspiro aliviado e me levanto do chão. Olho para o espelho e o que vejo me surpreende: “Isso sou eu?”

Estou um pouco mais alto, tenho um corpo bem definido com músculos nos lugares certos, abdominais e braços musculosos. O que mais se destaca na minha aparência é a pele incrivelmente pálida, como se eu estivesse sem a maior parte do sangue no corpo. Costumava parecer um ser morto devido a uma doença que me dava anemia, uma doença extremamente incômoda e, em alguns casos, mortal… Mas isso é outro nível… Pareço não ter sangue no corpo, também percebo que meu rosto está mais definido; e meus olhos azuis e cabelo preto ganharam mais brilho?

O ex-jovem magro de 21 anos que parecia um adolescente cresceu e se tornou um homem atlético em apenas uma noite? O que aconteceu? Fui sequestrado pelo governo e recrutado para um programa de super soldados?

“Victor, o que está acontecendo? Por que todo esse barulho?” Olho na direção de onde ouço outra voz e começo a respirar rapidamente; minha garganta começa a ficar com sede novamente. Olho através da parede e vejo a imagem de um ser humano, e consigo ver seu coração batendo em um ritmo muito atraente…

Eu consigo ver todo o corpo da pessoa com uma visão vermelha, como se o mundo ao meu redor tivesse mudado; e posso ver o coração pulsando em um vermelho mais vibrante. Parece que está me convidando a arrancá-lo… e bebê-lo.

Outra coisa que aprendi é que tenho um tipo diferente de visão. Quando mudo para essa visão, o mundo fica vermelho e consigo ver tudo ao meu redor como se não houvesse paredes. E, nesse mundo, consigo ver silhuetas humanas. Quando me concentro nesses seres, consigo ver seus corações brilhando em vermelho vivo.

Testei isso por apenas alguns segundos; não quero arriscar ficar com sede novamente.

E sim… Eu sei que algo estranho aconteceu comigo… Me tornei um vampiro, ou algo parecido com um vampiro…

As características são muito óbvias, pele pálida, olhos vermelhos, melhor forma física e uma sede insaciável…

Sabendo disso, tenho um ponto de partida em meu raciocínio.

Primeiro, vamos ver quais são as minhas fraquezas.

As fraquezas mais óbvias dos livros de vampiros são o alho, o crucifixo de Jesus (ou algo relacionado a Deus), a luz do sol e não posso entrar na casa de alguém sem ser convidado. Também… água corrente?

Algumas dessas fraquezas podem parecer estúpidas, mas preciso testá-las todas. Primeiro, o crucifixo de Jesus. Olho para um colar que está pendurado na tela do meu computador, nele há um crucifixo; toco o colar lentamente e não sinto… nada.

Hmm, em seguida. Água corrente… Bem, bebi água da torneira, acho que isso conta como não? Eu não sei. Preciso ir a uma piscina ou rio com água corrente e testar; deixemos essa fraqueza para outro momento.

A próxima da lista é o alho, lembro que comprei pizza de alho há dois dias. Caminho até a pequena geladeira em meu quarto e pego a pizza de alho que comprei. Cheirando a pizza com o nariz, sinto vontade de vomitar, mas também não sinto mais nada; como fraqueza súbita ou algo do tipo.

Acho que a vontade de vomitar foi porque meu apetite mudou? Tento colocar a pizza na boca e, como esperado, meu corpo a rejeita instantaneamente.

Corro para o banheiro e cuspo a pizza no vaso sanitário.

“Que nojo,” eu disse com uma expressão de náusea, “Por que sinto como se tivesse comido um peixe vencido?”

Meu estômago revira, e sinto vontade de vomitar. Começo a respirar rapidamente e fazer respirações profundas, alguns minutos depois, repetindo esse processo, a vontade de vomitar passa.

No futuro, devo testar se o alho puro tem algum efeito sobre mim. Pensando nisso agora, foi estúpido… Que tipo de vampiro teria fraqueza por pizza de alho?

De qualquer forma, a próxima fraqueza é o sol…

Caminho até a janela do meu quarto, que fica na parede onde minha cama está posicionada; subo na cama e abro uma pequena fresta na cortina para a luz do sol entrar.

Engulo em seco, estou um pouco assustado em desaparecer. Afinal, a maior fraqueza dos vampiros é a luz do sol, mas preciso saber; e acho que colocar apenas o dedo no sol não deveria causar problemas, certo?

Devagar, aproximo o dedo da luz do sol. Quando faltava apenas 1CM até que o sol tocasse meu dedo, parei… Não, preciso saber; não seja covarde, Victor!

Coloco meu dedo na luz do sol e… nada acontece. Não sinto meu dedo desaparecer, e não sinto aquela dor intensa que eu esperava…

Suspiro aliviado, olho para a cortina da janela e a abro. Assim que a luz do sol entra no meu quarto, sinto o sol me banhando em calor e tocando todo o meu corpo; no entanto, não sinto nada.

Por alguma razão, sinto que deveria elogiar o sol agora, mas não vou fazer isso. E se alguém me visse?

Deito na cama e olho para o teto. “Com nenhuma fraqueza óbvia de vampiro, não quero tentar me decapitar ou arrancar o coração; não sou louco o suficiente para isso.”

“… O que sou?” digo em voz alta para mim mesmo. Esta manhã foi estranha. De alguma forma, não me lembro do que aconteceu ontem e acordei com as características de um vampiro. Mas também não tenho as fraquezas óbvias de um vampiro… Será que estou lendo livros demais?

“Mas, ei, pelo menos não brilho ao sol.” Rio da minha própria piada fraca. Fecho os olhos e, aos poucos, adormeço.